2 de abr. de 2007

O surgimento da mediunidade e sua ética.


Segundo a história oculta do mundo, nos primórdios da vida na Terra, para as primeiras raças humanas, não existiam fronteiras bem definidas entre o plano astral e o físico, e o homem era em verdade, consciente dos ciclos reencarnatórios e de sua missão de resgate na Terra.

Mas, devido a decadência moral da humanidade, houve o obscurecimento dessa ligação direta com o astral por meio da tela etérica que passou a ser um filtro conscencial, e a partir desse estágio surgiram três tipos de médiuns ou mediadores, que eram os elos de ligação entre as entidades astralizadas e os encarnados. O primeiro tipo de médium atuava com entidades que são senhores da sabedoria e grandes magos do astral, nessa mediunização os médiuns ficavam ligeiramente curvados para maior vazão da corrente do kundaline do chacra básico até o chacra coronário. Essas entidades produziam efeitos luminosos através dos médiuns, representando o primeiro principio da criação : A Luz potencializada. O segundo tipo de médium atuava com entidades que são senhores do amor e do som cósmico, e nessa mediunização os médiuns apresentavam a voz aguda devido a atuação incisiva no chacra laríngeo. Essas entidades conheciam e entoavam os mantras cósmicos. O terceiro tipo de médium atuava com entidades que são os senhores da magia em ação e, nessa mediunização os médiuns ficavam eretos.
Essas entidades conheciam e utilizavam determinados sinais arquétipos da grafia cósmica . E são esses sinais harmoniosos, aparentemente abstratos que muitos sensitivos visualizam no céu iluminado, na forma de pontos luminosos que se unem e formam sinais em movimento...

No Brasil, existe um movimento espiritualista chamado de Umbanda que, apesar de ainda se encontrar imerso no fetichismo folclórico, é em essência um reflexo da antiga tradição e um ponto de atuação positivo desses antigos mestres astrais que sob a forma ritualística de crianças, índios ou caboclos e pretos-velhos ou pais-velhos, denotam aqueles três tipos de atuação principal das entidades do astral superior. Enfim, para esse movimento, essa mística é a doutrina na prática, é a sabedoria e humildade do pai-velho, o amor e a alegria da criança e a fortaleza e a simplicidade do caboclo.


A ética na mediunidade O médium como elo de ligação entre o visível e o invisível, deve se preocupar em mater. a serenidade mental no seu dia a dia para que pensamentos difusos são sejam cultivados porque promovem uma sintonia com entidades espirituais de baixa estirpe moral. E o médium que com sua abundante energia é alvo dos mais atrozes ataques provenientes do baixo astral desencarnado e encarnado, há de manter um nível de pensamentos salutares procurando seleciona-los em companhia de pessoas de boa índole ( dizes-me com quem andas, que eu te direi quem és ! ), para que sua corrente mental o proteja das ações do baixo astral, para que sua boca pronuncie palavras limpas, e para seus ouvidos ouçam palavras harmoniosas porque é de nossa boca que emana aquilo do que nosso coração está cheio, e é também pela boca que ingerimos os alimentos, e esses alimentos também devem ser selecionados para que a harmonia impere em nosso organismo como um todo, portanto, a abstenção de carne vermelha pelos médiuns umbandistas têm que ser controlada porque somos alvos de ataques constantes e necessitamos de um sustentáculo material mais rebuscado porém, a carne de porco por questões óbvias pode ser suprimida de nossa alimentação com racionalidade. A alimentação ainda constituem um fator decisivo na atuação mediúnica porque
quando ingerimos carne, quando comemos em excesso ou ingerimos álcool, o nosso organismo sofre alterações químicas que além de estimularem o animismo vicioso através da ligação instintiva intensa, ainda promove um eliminação via hálito e suor, que pode prejudicar os consulentes em uma consulta mediúnica.

Por todos esses fatores é que ao menos no dia da sessão de caridade, devemos nos abster de carne, de álcool, e até a diminuição do fumo, por parte de quem cultiva esse infeliz hábito, é aconselhável porque o fumo carreia toxinas quedificultam a fluência energética no nosso organismo, bem como obscurecem nossa sensibilidade às vibrações superiores emanadas por nosso mentor espiritual. Muitos devem estar fazendo a observação de que as entidades espirituais que trabalham em rituais como a Umbanda no Brasil, utilizam o fumo e o álcool em seus trabalhos porém, ressaltamos que elas utilizam esses elementos justamente como amortecedores de cargas oriundas de baixas vibrações e que quando desincorporam, minimizam a atuação negativa dessas substâncias no corpo físico do médium e isso explica o motivo de muitos médiuns que atuam freqüentemente em ambientes hostis com trabalhos pesados, ingerirem aguardente (marafo) em quantidade e depois que desincorporam não apresentarem
efeitos desse elemento, isso quando incorporam de verdade...

O médium no dia que vai atuar mediunicamente ainda deve se abster de sexo para preservar sua vibração original, o que será positivo no contato mediúnico pois, o sexo une dois seres a níveis mais sutis do que o físico...

Outro ponto importante é o fato de que no período pré-menstrual e na menstruação, o organismo feminino liberar uma toxina ( menotoxina ) e provoca alterações psíquicas decorrentes da T.P.M. ( tensão pré-menstrual ) , portanto, a mulher é praticamente regida pelo ciclo menstrual, que como o ciclo lunar é de 28 dias. O fato da mulher ter ciclos negativos como a lua ( cheia e minguante ) é de conhecimento de culturas antigas pois, em tribos indígenas a mulher fica isolada no período menstrual, longe de seus afazeres habituais, e no próprio antigo testamento
da Bíblia está escrito:


“ Quando uma mulher tiver um fluxo de sangue e que seja fluxo de sangue do seu corpo, permanecerá durante sete dias na impureza de suas regras. ( Levítico 15,19 ) “


“ Não te aproximarás de uma mulher, para descobrir a sua nudez, durante a sua impureza das regras. ( Levítico 20,18 ). “

E é justamente por essa inconstância vibratória, que a mulher não pode exercer a função de comando em escolas de iniciação. No entanto, a similaridade psicológica em nossa sociedade não
dá espaços para atitudes radicais e preconceituosas, a ponto de hoje entendermos que homem e mulher são igualmente filhos de Deus e cada um em seu caminho pode alcançar sua realização
pessoal e transcendental em harmonia com seu par. Não queremos ser normalistas ou falso-moralistas, queremos expor os fatos à luz da razão com explicações lógicas e plausíveis, para que o médium não venha a prejudicar a si e aos outros.

(texto retirado de: Parra,Eduardo. A Filosofia Oculta das Religiões. Ed. Writers. São Paulo, 2000. p.85-88)