Controle do Pensamento, Disciplina do Pensamento, Dominio do Pensamento.
EXERCÍCIOS DE CONCENTRAÇÃO
1) - VISUAIS
Sente-se em uma cadeira de forma confortável e com a coluna ereta. Faça algumas respirações completas e tranquilize os pensamentos. Coloque sobre a mesa a sua frente um objeto simples, p.e., um copo, uma faca, um lápis, ou algo de sua escolha. Agora memorize todos os detalhes desse objeto, p.e., contorno, cor, tamanho, dimensões em geral. Com o auxilio do cordão de contas previamente colocado na mão esquerda, começe a sicronizar a sua respiração com cada conta, p.e., a cada inspiração e expiração passa uma conta, assim até completar as 108 contas. Terminada essa primeira etapa feche os olhos e visualize em sua mente os detalhes do objeto, criando-o mentalmente. Para isso use o tempo que você achar necessário. Depois de aplicado o método anterior. Faça outra experiência. Inicialmente como a mente ainda está indisciplinada utilize o cordão de contas para controlar as falhas, p.e. a cada falha avance uma conta. (tente reduzir o número de contas) Recomendo não passar mais que 10 min diários praticando este exercício. Poderá ir aumentando o tempo a cada semana e variando os objetos. Lembre-se de anotar os resultados em seu caderno de estudos e vá comparando os resultados. Você irá se surpreender com os resultados. Boa Prática.
2) - AUDITIVOS
Depois da capacidade de concentração visual, vem a capacidade auditiva. Nesse caso a força de auto-sugestão tem no início uma grande importância. Não se pode dizer diretamente: "Imagine o tic-tac de um relógio" ou algo assim, pois sob o conceito "imaginação" entende-se normalmente a representação de uma imagem, o que não pode ser dito para os exercícios de concentração auditiva. Colocando essa idéia de um modo mais claro, podemos dizer: "Imagine estar ouvindo o tic-tac de um relógio". Para fins elucidativos usaremos essa expressão; portanto, tente imaginar estar ouvindo o tic-tac de um relógio de parede.
Inicialmente você só conseguirá fazê-lo durante alguns segundos, mas com alguma persistência esse tempo irá melhorando gradativamente e as perturbações diminuirão. O cordão de contas também deverá ser usado para o controle. Depois, você deverá tentar ouvir o tic-tac de um relógio de bolso ou de pulso, a ainda, o badalar de sinos, nas mais diversas modulações. Faça outras experiências de concentração auditiva, como toques de gongo, pancadas de martelo a batidas em madeira; ruídos diversos, como arranhões, arrastamento dos pés, trovões, o barulho suave do vento soprando a até o vento mais forte de um furacão, o murmúrio da água de uma cachoeira, a ainda, a música de instrumentos como o violino e o piano. Neste exercício o importante é concentrar-se só auditivamente a não permitir a interferência da imaginação plástica. Caso isso aconteça, a imagem deve ser imediatamente afastada; no badalar dos sinos, por exemplo, não deve aparecer a imagem dos sinos, a assim por diante. O exercício estará completo quando se conseguir fixar a imaginação auditiva por no mínimo cinco minutos.
3) - SENSORIAS
O exercício seguinte é a concentração na sensação. A sensação escolhida pode ser de frio, calor, peso, leveza, fome, sede, e deve ser fixada na mente até se conseguir mantê-la, sem nenhuma imaginação auditiva ou visual, durante pelo menos cinco minutos. Quando formos capazes de escolher a de manter qualquer sensação, então poderemos passar ao exercício seguinte.
4) - OFTATIVAS
Em seguida vem a concentração no olfato. Imaginemos o perfume de algumas flores, como rosas, lilases, violetas ou outras, e fixemos essa idéia, sem deixar aparecer a representação visual dessas flores. A mesma coisa deve ser feita com os mais diversos odores desagradáveis. Esse tipo de concentração também deve ser praticado até se conseguir escolher qualquer um dos odores e imaginá-lo por pelo menos cinco minutos.
5) - GUSTATIVAS
A última concentração nos sentidos é a do paladar. Só em pensar numa comida ou bebida ou imaginá-la, devemos concentrar-nos em seu gosto. No início devemos escolher as sensações de paladar mais básicas, como o doce, o azedo, o amargo e o salgado. Quando tivermos conseguido firmá-las, poderemos passar ao paladar dos mais diversos temperos, conforme o gosto do aprendiz. Ao aprender a fixar qualquer um deles, segundo a vontade do aluno, por no mínimo cinco minutos, então o objetivo do exercício terá sido alcançado.
Constataremos que esta ou aquela concentração será mais ou menos difícil para um ou outro aprendiz, o que é um sinal de que a função cerebral do sentido em questão é deficiente, ou pelo menos pouco desenvolvida, ou atrofiada. A maioria dos sistemas de aprendizado só leva em conta uma, duas, ou no máximo três funções. Os exercícios de concentração realizados com os cinco sentidos fortalecem o espírito e a força de vontade; com eles nós aprendemos não só a controlar todos os sentidos e a desenvolvê-los, como também a dominá-los totalmente. Eles são de extrema importância para o desenvolvimento mágico, a por isso não devem ser desdenhados.
"AQUELE QUE SE DEDICA COM AFINCO, RECEBERÁ OS LOUROS DE SUA VITÓRIA"