2 de fev. de 2007

A Relatividade da Realidade.

Como nos encontramos atados a matéria e limitadas em nosso sentidos, toda nossa concepção de realidade além do mundo das energias, digo além daquilo que chamamos de universo astral, são indicações imprecisas da realidade porém o tempo e a natural expansão de nossa consciência devido a nosso esforço de libertação, nos apontará para verdades maiores que nos conduzirão a outras, pois tudo é relativo nesse mundo; ainda assim, cabe a nós procurarmos esse caminho pois, essa
estreita porta do conhecimento é serventia para aqueles que sinceramente buscam o sentido maior de suas existências.

Citei que podemos falar sobre o astral ou sobre as almas porque elas estão presas ao mundo das energias e muitos irmãos não habituados com conceitos esotéricos podem estranhar essa observação mas, lembramos que o verdadeiro espírito está além da forma e utiliza de corpos energéticos para se manifestar no mundo das formas pois, ele é essência e está além de nossa vaga percepção, e trataremos mais desse assunto no futuro; Porém, ilustrando a realidade conceitual da qual partilhamos, transcrevo um profundo Hino Védico Milenar do Hinduísmo, chamado de Nasadiya no Rig-Veda, que demonstra claramente esse conceito de incerteza a respeito dos mistérios da vida:

“ No princípio, não havia o Ser nem o não-Ser.
Não havia nem o ar, nem o firmamento para além dele.
O que é que se movia, então, ruidosamente?
E onde?
E sob a guarda de quem?
Eram as águas que estavam debaixo do firmamento?
Era o abismo das águas, insondável?
Naquele tempo não havia nem morte, nem imortalidade.
A luz não fora ainda separada das trevas.
e as trevas cobriam o abismo.
Aquele que é o uno,
respirava sua própria respiração.
E, afora ele, nada mais existia,
apenas uma exceção, a noite,
A terra era vazia, vaga,
até que, fruto do Ardor,
o Uno viesse surgindo.
O ardor era o desejo,
e o desejo foi a primeira semente.
Foi o primeiro germe do espírito.
Depois, voltados para dentro de si mesmos,

os poetas descobriram a relação entre Ser e não-Ser.
Sua corda estava estendida na transversal.
O que havia acima dela?
E o que havia abaixo dela?
Havia semeadores semeando.
Havia forças em ação.
O elã, espontâneo, estava embaixo.
O Dom de si estava em cima.
Quem sabe, com certeza apodítica,
de onde provém, como criação secundária?
Os deuses nasceram depois do universo.
eles também vieram depois.
Quem sabe precisar sua origem ?
Quem saberia explicar a criação que veio depois,
a dos deuses e a dos homens,
se tudo faz parte de um grande plano?
Só aquele que tudo vigia lá do mais alto dos céus,
só ele o sabe. Mas sabe mesmo ?

0 comentários: